EU EM MEIO A MULTIDÃO

Sou um pontinho de luz entre as estrelas, convivendo com o sol, estrela de maior grandeza, e a lua.
Entre o brilho dessa natureza inconsciente, eu um ser pensante é que tenho o menor brilho, com certeza.
As estrelas não são eternas, devem brilhar por um certo tempo e se apagam, o sol e a lua não param de brilhar, é um brilho constante.
Sou um ponto no universo dos homens, na estatística, sou apenas um nome, entre tantos outros que pra variar tem tantas Gerusas e até no sobrenome.
Em meio a multidão passo despercebida, quem está preocupado com um ponto, entre tantas linhas e figuras.
Circulo entre as pessoas, passo por elas, e não percebem que estou viva e ativa, não paro, estou sempre carregando algo, como uma formiga.
Eu e a multidão, que estranho caso de amor platônico, esse eu conheço, e acho graça quando penso nele.
Em meio a multidão de pensamentos eu adolescente, me apaixonei perdidamente por alguém que nem percebia a minha existência, tinha certeza que era AMOR, pura inocência.
Eu e a multidão de delírios, se os fosse contar daria um livro com milhões de páginas...
Eu e os meus pensamentos que numa pequena multidão circula, como uma fagulha num grande incêndio.