SOMOS O QUE CREMOS...


Ontem conversava com a minha mãe que tem 85 anos, mora em Acaú.  
A praia onde nasceram os seis filhos, um papai do céu levou e ficaram cinco. Os outros três homens, nasceram em Cabedelo.
Minha mãe morou quarenta e cinco anos em Cabedelo e na mesma rua. Hoje mora em Acaú e de lá somente sai para o Cemitério. Mora sozinha e tem uma pessoa apenas para lhe ajudar porque não para quieta.

Durante anos e anos vivíamos a duras penas por conta de suas crenças, dos seus valores. 
Uma pessoa muito exigente, todos tem que rezar pela cartilha dela, Ela diz: 
É assim que funciona é assim que é e se não é ainda vai ser...
Ficou comigo uns dias e trouxe as receitas dela para me curar, passava o dia me dando lição e me ensinando o caminho das pedras...
Eu disse para ela: 
Somos o que cremos minha mãe e cada um tem a sua própria crença, Não adianta a senhora tentar me empurrar de guela a baixo os seus conceitos, porque eles não me servem, Eu não creio, desse jeito...

Não estou falando de religião, estou falando de filosofia de vida.
O ser humano é único no universo por isso cada pessoa tem sua impressão digital que é a sua identidade.
Ao nascer começamos a aprender os primeiros passos e seguimos exemplos e dai começamos a fazer o nosso código de vida que é somente nosso.
Temos que basear as nossas crenças, nossos valores em conceitos lógicos porque somos o que cremos.

Jamais alguém vai remover do interior do outro ser, aquilo que ele guardou no seu código de crenças...
Somente a pessoa pode entrar no seu interior trazer o conceito reavalia-lo e guardá-lo ou descartá-lo.
Por isso é tão difícil alguém mudar de religião de preconceitos de crendices e outras mazelas...
Está aí a beleza do ser humano na sua autenticidade.




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