RECIFEE- SANTO AMARO

Vila Militar, papai trabalhava na draga, no porto de Recife, e nós fomos estudar na Escola Almirante Tamandaré, uma nova vida.  Boa escola ,civilizadas, um grupo seleto, gente fina.
Minha mãe era metida a europeia por causa do meu avô português, legítimo, nos criava na rédia curta, era guardanapo no colo pra o uso, proibia por os cotovelos na mesa, e toda aquela regra de etiqueta.
Valeu a pena por que quando passei sete anos no internato, não dei trabalho, para os meus lideres.
O bairro era muito bom, tinha de tudo e o mais importante, segurança, morávamos na vila militar
que legal.
Passamos três anos de paz e tranquilidade, íamos a igreja, a escola,  passeávamos estávamos vivendo uma vida muito boa.
Mas, um dia a draga foi levada para outro porto e meu pai teve que escolher, viajar com a draga e deixar a família, ou receber a indenização e voltar para praiazinha esquecida. A minha mãe foi ao comandante  e disse: Prefiro passar fome juntos do que comer bem com a família separada, demita meu marido.
Muitas lágrimas, muitas tristezas, muita insegurança e frustração, eu não queria voltar.
As famílias de arribaçãs voaram para o seu ninho...Meu pai, meus tios e sobrinhos todo mundo que
não acompanhou a draga...
E agora Gerusa Guedes?

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