ATÉ QUE A MORTE SEPARE...


Esse assunto tem sido muito monologado comigo, eu, eu e as minhas folhas de papel, que por vaidade eu chamo de livros.
O relacionamento no matrimônio é um dos mais sérios, une duas pessoas diferentes em todos os sentidos. 
Quando o amor, a paixão ou interesse de se juntar aparece, duas pessoas vão para um altar e juram amor eterno.
Termina a festa, a lua de mel, a emoção recua e dá lugar para realidade. 
Duas pessoas vão morar na mesma casa e dividir tudo, literalmente. Não há mais como fingir, a monotonia do mesmismo vai desgastando a relação.
Como tudo que nasce começa logo a morrer, a relação também começa a dar os primeiros passos para sepultura. 
O primeiro a morrer é o interesse, já não há mais emoção, tudo vai ficando comum e os defeitos de ambos começam a se revelarem. 
O respeito começa a dar sinais de que o ambiente não serve mais para os dois e começa então a morte do respeito. 
Chega o ciúme e começa a minar, e o que já está ruim fica pior. Cada dia morre algo daquela relação, até morrer o sonho.
Sem sonhar a vida fica muito ruim, são os sonhos quem nos oferecem os elementos da felicidade. 
A realidade é dura e muito cruel, o ser humano precisa viver o imaginário nem que seja por algumas horas, porque a mente fica satisfeita e libera o hormônio da alegria, da paz.
Nesse meu caderno escrito, que eu chamo de livro, abordo todas essas mortes, descriminando cada uma delas e são muitas.
Quando a separação é por morte física o outro vira até santo. Quando a separação é de corpos e de lei, o bicho peca. 
O outro que não cuidou da relação como devia, vai ser a vítima, e se a vítima é mulher isso vira caso de polícia.

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