As fazes da dor

As fazes da dor


Dói Senhor!

Separar-se da mãe quando estou no lugar seguro, protegido, amado, por isso choro, grito, é muita dor.
Quando chego a idade do, por quê ? não tem ninguém para minhas respostas satisfazer.
Quando na adolescência os pensamentos se atrapalham, travessuras, loucuras e mais loucuras, os hormônios contrariando meu pensar e o meu viver.

Dói Senhor!

Quando chega a juventude e o mundo se apresenta com tantas oportunidades e não sei como responder andar mais, tenho o preparo para escolher.
Quando a maturidade me pega de surpresa e somente eu tenho que sobreviver.

Dói Senhor!

Quando chega o primeiro e o segundo o trinta, quarenta, cinquenta, meio século, pesando nos ombros tão frágeis, machucados pelo tempo, batidos e saturados.
60,70,80,90, escada que todos conheceu como ascendeu apenas na matemática mas dia a dia são menos dez a cada momento.
Fraquejam as pernas, pensam os braços, desequilibra a cabeça, vivendo em Deus na dependência.

Como dói Senhor!

Quando avistamos, um centenário no calendário, a vida seguindo, todos progredindo, pessoas nascendo, pessoas trabalhando, estudando, o centenário como um bebê sendo cuidado, dando trabalho.
Se não pararmos no meio do caminho todos terminaremos como um passarinho de asas quebradas, dentro de um ninho. 

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