PERDÃO DOIS MIL E VINTE

 Tudo recaiu sobre você, as mortes, os sofrimentos, os confinamentos e tudo de ruim que se passou nesse tempo. Isso iria acontecer em qualquer ano que se passasse, pois o homem estava muito egoísta, pensando somente em si, estava muito desrespeitoso com a natureza e com o próprio ser que o criou. Agora eles estão aprovando mortes para os inocentes porque não querem usar preventivo e nem se privar de sexo abusivo. O homem é o senhor da terra e quer ser senhor dos céus, dos mares e dos ares, ele quer controlar todo universo. Os ricos jogando comida fora e os pobres urrando de fome, os ricos tendo lazer em todo universo e privando pobres de um banho de mar ou de rio, os homens endinheirados se acham senhores absolutos de tudo e de todos.  A desigualdade universal é gritante e dói naqueles que mesmo tendo muito mais que um prato de comida, mais de um carro, mais de uma casa, sente que a discrepância é infernal. Você não tem culpa, seguiu apenas o seu destino e mostrou ao mundo que a morte é das artes a mais democrática, morre todos sem preconceito de cor, raça, status, religião, ou coisa que os valham.  Perdoe-nos dois mil e vinte e muito obrigada porque me trouxe muitas coisas que eu nem imaginaria  que pudesse viver. A nossa família teve paz, saúde e sua proteção, mas, nossos amigos passaram por muita dor. Por isso sofremos por eles e nos ajoelhamos aos pés do Senhor Deus para cuidar deles. Oração de intercessão não faltou nenhum momento. Obrigada,  vá em paz sei que nunca mais o veremos, porém jamais o esqueceremos.  Gerusa Guedes, escritora e poetisa.

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