RECORDAÇÕES..

Recordo  minha terra querida,
O chão de terra batida sem
Hospital, nenhum posto de saúde
Para curar uma ferida.
.

Relembro as noites escuras mal
Dormidas, medo, fadiga e eu
Uma menina ´pobre e sem saída,
Mal amada e incompreendida.

Lembro a vida simples que eu
Levava numa praia da cidade
Afastada, não tinha água encanada
Não tinha nada.

Ao meio dia eu na praia sentada,
Aguardando a chegada das canoas
Cheias de pescados, que coisa boa!
Que vida boa  aperriada!

Casa farta de comida, do pescado
As estivas que vinham do Recife
Nos barcos do meu avô Antonio.
O homem crente e edônio.

Móveis, meu avô não gostava
Sua casa era de jogador de espada,
Uma vela de barcaça estirada e a
Moçada sentada.

Ele nem se importava se as pessoas
Eram da cidade ou da praiazinha
Abandonada.
Meu avô nem ligava.






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