DESCANSANDO A RIMA.


Gosto de me debruçar na janela do tempo para observar o vai e vem da vida. Ponho o pensamento em alerta e me ponho a relatar o que guardo no íntimo do meu ser.
As imagens se sucedem como num filme e posso sentir cada momento, os trago para o presente e fico a imaginar cada cena como numa peça de teatro.

Nasci em Acaú, Pitimbu, Paraíba, Brasil, nessa época ela era simplesmente uma praia de pescador, quase no seu estado natural, ainda me lembro de mulheres tratando peixes e secando para ser levados para as feiras e vendidos na comunidade.
Ainda lembro que as casas eram de taipa, cercadas por gravetos, pequenos paus, tinham muitas fruteiras e bastante coqueiros. 

Eu posso lembrar do barulho do vento nas águas e o geladinho do mar. 
Morávamos bem perto da praia.
Lembro da família e como vou esquecer, éramos uma grande família, todos juntos e misturados, mas cada um nas suas casas, perto uma das outras.

Eu e meus primos brincávamos juntos, íamos para igreja juntos, era muito bom.Os parentes eram do velho Zé, mas o meu pai e a minha mãe, eram primos.
Das mulheres, Gerusa Guedes, foi a ovelha negra, veio marcada para não aceitar cabresto, deu um trabalho ao clã, era um verdadeiro batalhão cuidando e protegendo para virar mulher da vida.

Eita Zé povinho ignorante!
Pense numa vida atribulada, vigiada, a única coisa que tinha liberdade era de pensar, mas não podia externar, a não ser na areia do mar...
VIDA QUE EU TE QUERO, VIDA!


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