AH! SE EU TIVESSE ASAS!

Se eu fosse um João de Barro construiria ninhos pára todos os meus semelhantes, ninguém moraria debaixo da ponte. Cada ser pensante quando voltasse do seu trabalho  poderia se agasalhar. 

Teria um teto para se abrigar. . .

Estaria livre do homem malvado, da chuva e do sol castigante. 

Depois de protegido, dormiria tranquilo.

Se eu fosse um gafanhoto sairia por esse mundo a fora trazendo comida para o meu povo, todos do universo.

Bem cedinho de manhã,  tomaria  o cafezinho com pão e ia trabalhar. 

Bate uma tristeza! 

Em quanto muitos jogam comida na lixeira, outros passam fome por falta de pão. 

Quando me deparo com o meu semelhante trabalhando como um patrão e recebendo como escravo, dói o coração.

Se eu fosse uma coruja com a minha sabedoria avisaria ao homem que deixasse de ser orgulhoso, prepotente, presunçoso, malicioso e preconceituoso. 

Diria:

-Não faça  bullying, piadinhas de mau gosto, não pise no seu irmão, a vida é curta para que tanta ingratidão.

 Se eu fosse uma cigarra cantaria ao entardecer, para dizer ao homem triste e infeliz que Deus existe o ama e quer salvar. 

Quer ter a sua companhia todo o dia, dar o perdão dos seus pecados, suas travessuras de menino mal educado, pois Ele sabe que o fez de barro.

AH! se eu tivesse asas para voar, sem precisar de um pássaro da lata, incomodo e que me deixa sem ar. 

Sairia por esse universo inteiro falando, falando sem parar, dizendo:

-Só Jesus Cristo salva meu irmão, deixe de inventar estórias que é preciso ter Igreja com uma placa de denominação.

Igreja é o lar de todos,  onde a lareira clareia brancos, pardos e negros. 

Onde o pão espiritual é divido irmãmente. 

Onde não tem nome nas cadeiras dos assentos. 

O seu líder é um pai e não um chefe ou patrão.