PROJETO NUMERO 4
ADEUS MARUJADA
A primeira foi para o bairro de Vila Madalena, ali foram três famílias, um irmão do velho, uma prima do velho e seu marido. O mano fez uma cirurgia para corrigir defeitos na perna e a menina ficava com as meninas, uma maravilhosa e a outra o cão em figura de gente. Um dia ela deu tanta comida que a menina rolava no meio da casa, até hoje tem uma hernia de estômago dilatado, porque o pirão foi feito com farinha e quase mata a menina. Dessa vez o velho que ainda era muito novo, procurou uma casa e foi com família para Vila Militar em Santo Amaro.
Quatro anos de pura alegria todos estudando na Escola da Marinha, Almirante Tamandaré e com vizinhos amigos e maravilhosos. Eles curtiam a família com as meninas bonitas dos olhos verdes e a menor com olhos pretos, cabelos caracolados, uma princesa, mais dois um branquelo e outro puro índio. Esses cinco foram chamados de primeira família pois os três meninos nasceriam em Cabedelo na Paraíba, depois de quinze anos de estrada. Uma surpresa desagradável a Draga onde o velho trabalhava ia para construção de Brasília em mil novecentos e sessenta, quem não a acompanhasse estava desempregado e o velho se desempregou. A menina foi para ver a partida dos pais que deixaram os filhos e as esposas e quando o navio começou a apitar a menina chorava pela dor dos outros, seu pai vai voltaria com a família para praia. Ela começava a sentir falta da luz elétrica, banho de chuveiro, e da escola pois estavam ela e a irmã na terceira série. A estrada ainda era longa e cheia de dor e saudades para a menina.
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