NOVO PROJETO NÚMERO 1
Coisas do destino-
Nasceu!
Mais um para aumentar o senso do país foi o destino, será?
Foi sim, seus pais jogaram tudo que tinham e perderam, o pai solitário e triste, a mãe alegre e feliz para viver presa a um capricho do tempo, da época. A mãe impulsiva sonhadora tudo que sonhava era ser livre para viver. O pai calado e muito pensativo, o que pensava o homem em 1948, a mulher tem que obedecer ao marido e aos familiares, casou tá casado e não tem mais saída, agora é ser feliz ou sofrer. Lá vem os rebentos para se arrebentar, ela a segunda e lá vem mais sete, fora os que Deus levou. A casa um brinco, tudo limpo e cheiroso os meninos, todos presos num quarto para não sujar a casa. A pobre que era rica, não teve sorte agora pega água na cacimba, lava roupa na bacia, lava louça no ''girau,''- feito de pau com uma pequena bacia para lavar os pratos e as panelas. Vidinha sem futuro praia sem água enganada, se luz elétrica uns tinham lampeão outros candeeiros, ela não tinha mais o lampeão. Ela tinha prendas domésticas seu pai tinha os quatro avós marinheiro, não eram tupi muito menos guarani. A mãe também tinha nacionalidade europeia, porém era a única que pariu treze filhos, ele tinha tantas quantas pudesse sustentar...Dizem que parou quando completou quarenta e oito, estórias contadas. Essa história é bonita pois essa menina tudo que queria era roubar a paciência.
A INFANCIA.
Um cheiro de maresia, água salgada nos pés, morando pertinho do mar com a areia branquinha a pisar, fazendo pegadas para na volta se lembrar. Muitos frutos e fruteiras, coqueiros, mangueiras, frutapãozeiros, abacateiros, goiabeiras, fome nunca passou, as vezes a necessidade apertou. As noites chegavam cedo e dormia com os galinheiros, porque a escuridão não permitia acordada, ficar. As canoas pela manhã a chegar cheias de peixes, lagostas e camarões, as mulheres na gamela os pequenos peixes a tratar, para vender nas feiras de outro lugar. Muitas marisqueiras com samburá na cabeça cheios de marisco para catar, põe numa lata bem grande com um jacaré desenhado. A lenha foi pegada pelas meninas e meninos danados, eram as catembas dos coqueiros, que a esperavam. Quatro tijolos arrumados com as catembas pegando fogo em baixo, para cozinhar o pescado. Seu avô quando perdeu as barcaças comprou umas canoas e foi por trasmalho, uma rede bem grande para cercar os lagostins e camarões, assim viveu muito tempo de inverno a verão. A menina curtia cada momento passado, mas, um dia vai embora não nasceu para viver de pescado, quer muito mais, quer andar o mundo e conhecer um bocado.
Comentários
Postar um comentário