RETRATO!


Olho-me no espelho,
Ainda posso ver esses pares de olhos verdes,
Mas o rosto começa a murchar como uma flor.
Olho os meus braços flácidos enrugando a pele.
Os seios caídos não tem mais a rigidez dos anos idos.
As mãos com a pele marcada pelo tempo, tudo indo!
As pernas não obedecem ao comando do corpo
Que cada dia vai decaindo! Decaindo!
Os pés velozes agora já não correm mais .Morro!
Morro cada dia um pouco!

Mas a alma, essa que o espelho não consegue refletir,
Não foi marcada, ninguém buliu e nem vai bulir.
O pensamento, esse se renova todo dia, vai sempre existir
Até um dia quando o Eterno me chamar parar o porvir...

Retrato, apenas mostra-me o que tenho a mostra,
Refletes o corpo que   todo dia se  desgasta,
És fiel escudeiro do passar do tempo, ligeiro!
Conservo sem mácula o meu ser primeiro...







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