CORDEL: PRESEPADA DE ONTONHO E ERVIRA
vou falar do meu avô
da minha avó nem se fala
palhaça que dava dó
sentada na cadeira
amarrada e dado um nó
Ontonho dizia a ervira
alevanta daí mulé
teu sangue tá uma tinta
vai te dá parangolé
ontonho home de deus
me dói da cabeça aos pé
Vim do mar bem cedinho
pesquei peixe siri e camarão
criatura te alevanta desse chão
a preguiça é do capeta do cão
não te emenda desse jeito
mulé não vai dá não
Ontonho tu me a respeita
cuidado que a nossa seita
não permite dizer palavrão
espia pro céu pede perdão
sou uma mulé doente
não tenho preguiça não
Vai pra feira ome de deus
compra a farinha e a estiva
leva a sacola tá na botija
farinha eu não gosto mole
quero quentinha marido meu
ver se não se sacode
Ontonho pega a sacola
e vai comprar a farinha
de repente um incidente
três buracos existia e por
todo lado descia a farinha
era a carsola da protestante
Ontoho disse em agonia
a veia misturou o saco da farinha
na vez de sacola veio sua carsinha
que vergonha nem me poupa
vai comer comida pura
nem que seja uma sopa
No zé gato eu não vorto
tou com a cara no chão
que mulé dirmantelada
não vorto não vorto não
vai comer mole o seu pirão
ervira num tem coração
Numa cadeira sentada
dava uma de patroa
tinha uma vida boa
nada fazia a coroa
dependia das vizinhas
dando lhes algumas coisinhas
Era preta e ele branco
os papéis se invertiam
o escravo era ontonho
coitada daquela criturinha
ervira botava no toco
nem comida lhe servia.
...kkkkkk,, não alcancei os dois, so lembro do meu avô, mais da caçoula eu eu nu duvido não!!!
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