SOZINHA, EM MEIO A MULTIDÃO.


Eu sei o que é isso, olhar ao redor e ver uma multidão de inimigos.
Não! Eles nem sabe que eu existo.
Você pensa que estou sozinha em meio a Solidão?

Os maiores, os melhores, os mais bonitos, os mais ricos e os bem sucedidos estão sozinhos, sabe por que?

Houve um tempo em que os homens pensaram...
-O que é mais importante, ter ou ser?
Enquanto pensavam, poucos deram valor ao Ser, e foram em busca do Ter.

Para Ser, não competimos ou somos ou não somos e tudo bem.
Para Ter, entramos numa luta sem medida, na feira de quem tem mais. 

Eu quero ter e para isso faço qualquer coisa, piso, humilho, mato e até morro se for preciso.
E tudo virou uma bola de neve e sabe por que? 
O ser é Eterno, indubitável, o ter é passageiro, vulnerável.

E os ricos foram adquirindo bens materiais e os pobres os invejando e nada mais.
Deu uma misturada na macacada. 
Entre paredes de pedras de mármores e granitos. 
Entre o ouro e outros bens adquiridos, nasceu também o ódio dos menos favorecidos. 
O ódio falou mais alto, está escrito, qualquer um pode ler nos manuscritos.

A guerra está declarada e salve-se quem poder. 
Os ricos de um lado imperando pela força da matéria e o pobre ferido, usando o que tem de mais bonito, não para o bem, mas para a vingança, esse sentimento maldito.

Quem pode mais: 
A luxúria, roupas boas, casas bonitas, carros importados ou uma arma apontando para cabeça?

Os homens tem que rever os seus conceitos:  
-A paz é melhor que a guerra, amar é melhor que odiar, a inveja e o ciume não valem nada. 
O dinheiro e o poder adquirido não vão lhe salvar, quando uma mente doentia e sem limite uma arma na cabeça lhe botar.

Vamos sentar e rever de novo esses conceitos. 
Ser ou Ter,vale a pena pensar.

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