MONÓLOGO DE UM ESQUELETO.


Eu sou hoje o que serás amanhã, nada!
Um bocado de osso junto, uma ossada,
Sabe quem fui no passado, minha gente?
Apenas um ser metido e prepotente.

Tinha bens, amigos e muito luxo,
Era cheio de preconceito: Eu não
Gosto disso, daquilo, desse e dessa.
Tinha uma vida boa a bessa.

Um dia me apareceu um ser escuro,
Muito mais do que eu, podia tudo e me
Disse; Vem, está na hora de deixar
O mundo.

Eu não contestei. E podia, o ser
Já vinha preparado, me levando
Para o outro lado.
Agora no meio dos esquecidos,
Aqui deitado, me sinto magoado.

Sou apenas um bocado de osso,
Sem carne, sem sangue e sem
Vida, morando dentro de um buraco.




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