MALDITA ALZHEIMER

Pensar que todas as doenças sempre existiram e que recebem nomes diferentes em cada época e em cada área geográfica é  sabedoria.  O ser humano nasce criança e morre criança, usando fraldas e andando de ''andajar ''  e carrinho empurrado por quem é mais jovem.  Conviver com alguém intelectual no  extremo da palavra e cuidar de um inocente que nada mais tinha na cabeça, dói e dói muito.  Uma criança logo engraçada e depois super poder, quebrando tudo que acha pela frente. Assim viveu essa família onde o genro era filho pois a filha não tinha força para conte-lo. Bem cuidado e amado nada lhe faltou a não ser o juízo que não era mais seu. O cunhado o amarelo que era unha e dedo,  foi um grande parceiro nas horas de fantasia- Tem uma mulher aqui que vive me querendo eu digo que sou casado e ela nem liga, o que eu vou fazer.   Pergunta o amarelo,  onde está essa mulher que quero mandar embora- Aqui nesse ''sofar.'' pega o móvel põe na rua e os dois ficam sentados- Ela foi embora aqui não volta mais...Outras  até o dia em que viu um homem negro deitado com sua esposa e ele quis a esganar.    Agora não dar para os dois ficarem sozinhos e terão que dormir em quartos separados.  Maldita Alzheimer tira de uma cabeça bilhões de informações,  mata as lembranças mas não retira o amor...Perto da hora de partir ouvia os hinos cantados pela companheira e as lágrimas desciam pelo rosto.  Por que será, é algo para se estudar ou não estudar somente aceitar. Milagre existe milagre ou não, a ciência , filosofia, sociologia ou outras ''gias'' nunca descobrirão.

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