CORPO DE MULHER E CABEÇA DE MENINA

 Cresceu, espichou, comprida e magrela-  Vai tirar coco sem vara, praia o que muito alto existe é coqueiro.  Somente não tem juízo, não para quieta, fala sozinha e rir como se tivesse no cenário de humor.  Termina o curso clássico, odeia ciências exatas, ela nem tem tudo certo,  prefere as humanas porque um dia ajudaria aquelas pessoas que também sofriam.  Vai para o SEC a família avisa se é para envergonhar a família e a igreja vai por conta e risco, esquece a família e a igreja. Não vai ter ajuda para se sustentar e sustentar o curso vai trabalha muito, sem tempo para estudar. Lavava louça do café, almoço e janta, cortava verdura para o almoço todo dia e tinha ajuda da dona Sebastiana uma cozinheira negra com uma alma santa. Tinha pena da menina porque a pobre tinha a perna esquerda inchada, que não parava de doer, ela teve numa cirurgia um entupimento no vaso, chamado flebite.  Mas a menina cantava todos os louvores que ajudavam a chegar no colo de Deus, pois era o único colo que tinha. Mas essa menina guardava e ainda guarda dentro dela a criança feliz, sapeca,  diz o que pensa e age com a naturalidade de alguém cuja maldade está no coração daquele que a rejeita.

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