UMA SURPRESA BOA..

Arlindo Pereira, o nosso parente,  um dos trabalhadores do barco do meu avô, estava trabalhando no
porto de  Cabedelo, enviou uma mensagem para o papai dizendo que ele tinha uma vaga para conferente, o velho saiu as pressas e nos deixou.
Com medo de dormir sozinhos em casa, fomos para casa de tio Zezo, irmão do papai,  não demorou muito, um caminhão estava na porta de casa para nos trazer para essa cidade que eu amo de paixão.
Eita que momento feliz meu Deus, luz elétrica, banho de chuveiro, escola, vida nova.
A praia ainda era muito mais interior do que uma cidade, mas não se comparava a minha praiazinha de Acaú, que ainda era virgem.
Grande recomeço, eu tinha doze anos e estava em pleno começo da adolescência, pude curtir a cidade
com muita alegria e prazer.
Mas, a vida de Gerusa Guedes foi muito difícil, tive que matar um leão a cada dia, minha mãe e eu não éramos amigas e vivíamos nos estranhando.
Ela era o general da família e todo mundo um soldado raso, ela não nos promovia talvez com medo de competir.
Lidar com minha mãe foi o meu maior desafio, ou melhor a minha única doença, porque ela me tratava como inimiga, eu não compactuava com os desmando dela.
Acabei no centro de psiquiatria, com treze anos apenas.
Falarei de coisas amenas, amanhã!

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