O SOLITÁRIO.


Lembranças pra quê?
Saudades de quem?
Tristeza por quê?
A paz o segue porém!

Luta com espanto de quem vê o fim,
Olhar espraiado no mar em fim, só.
As prais de areias brancas espalhando
A melancolia.

Faz um castelo de areia, a água derruba,
Escreve com letras sua dor na areia o
Mar apaga, nem o mar repeita suas mágoas.
Tomba como um pássaro sem motivo.

A vida já não significa mais nada, nada!
Sob a pálida luz da lua na praia deitado,
Descansa sua mente o desgraçado.
Mas a paz deita consigo, ao seu lado.

Lá vem o sol, amanheceu o dia e segue
O solitário na sua agonia, ele e os seus
Pensamentos, viver pra quê?
Saudades de quê?  De quem?
Lembranças, porém, lembranças...


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