FALANDO DE FLORES
Li um pensamento que diz assim:
"Até as flores dependem da sorte, umas enfeitam a vida e outras enfeitam a morte."
Sou uma das poucas pessoas que não gosta de flores, elas são coloridas, perfumadas e lindas, deixe-as no jardim.
A minha casa não tem uma flor, nem de plástico, nem de papel ou mesmo natural.
Não sei se influenciei minha Nega ou se ela também não é amante das flores.
O jardim dá um sentido poético a vida, isso ninguém pode negar.
Quem não fica romântico diante de um jardim?
Quem nunca pegou uma flor, cortou o seu talo e ofereceu a um amor?
As flores fazem parte da natureza, elas existem para tornar o mundo mais alegre, mais perfumado, mas feliz.
Os poetas dando vida as flores e também sentimento, dizem:
"A rosa é a flor da paixão, dália da beleza, lírio simplicidade, violeta lealdade, jasmim amabilidade, e vão falando de flores..."
Fico matutando com essa cabeça cheia de pensamento, o que houve comigo para que eu tenha essa antipatia ou apatia com as flores?
Eu não gosto de flores ou do que elas representam dentro do meu mundo de decepção e as vezes de tristeza.
Lembro de flores e me vem um caixão, aquela pessoa, coitada, nunca teve nada na vida, mas está gelada e repleta de flores.
Para tirar a imagem triste de um ser estagnado, sem mobilidade, imagem cruel.
Receba essa flor é simbolo do meu amor, é somente poesia, verso rimado e nada mais.
O verdadeiro amor dispensa o teatro a encenação, ele apenas é!
Geralmente esse drama colorido vem da paixão e não do amor.
Aí eu lembro do Nando, meu marido...
Quando ele me conheceu estava vindo de um casamento, e o homem tem mania de rotular a mulher.
Um dia ele me aparece com um ramalhete de flores e um cartão com uma mensagem de simpatia, estava me conhecendo nada mais justo.
Depois de casados ele me trazia uma flor cada dia 14 e quando completava um ano, um lindo ramalhete de flores, rosas simbolo da paixão.
Acompanhado sempre de uma joia de ouro com certificado de garantia.
Pelos anos em que ele repetia, podia se ver que ele não me conhecia, as jóias sumiam nem sei como, e as flores murchavam. Somente ficávamos os dois eu e ele.
Até que um dia eu precisei avisar que existia...
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