MEU MARIDO ADVOGADO- JOÃO NINGUÉM, MEU LIVRO
Quando conheci Nando, Ernando Ferreira Marques, meu marido, ele era professor de vários colégios e do Colégio Militar de Manaus. Porém havia sido advogado, como ele dizia, de porta de cadeia. Foi o orgulho de sua mãe- Tenho um filho advogado, mas, o filho não gostava. Perguntei-lhe por que você não gosta de advogar, você conhece de lei e fala bem, tem bons argumentos. Ele começou a falar sobre juízes, filha os juízes prostituem os advogados, se você não molhar a mão deles, o seu processo fica na gaveta. Eles querem da Zona Franca, tv, som, qualquer coisa fabricada aqui. Eu não dou, porque se eu fizer isso, vou me sentir mal, pois estou roubando meu cliente, ou comprando do meu próprio bolso. A missão de um advogado, o homem que defende a lei e condena o crime, não pode ser um criminoso. Fiz faculdade de educação, depois de formado em advocacia e sou um professor feliz, vendo o meu produto honestamente. Eu quando quando escrevi João Ninguém, Zé Roela e o Safado do Mandante, um livro politico, falar bem de um cidadão, e também do homem que se vende e o que paga o crime. Quem ler esse livro que eu doei para várias escolas, sabe que o conteúdo é de uma pessoa que conhece um pouco da lei, mas, aprendi com ele. Nando foi um homem intelectual, não lia revista em quadrinho. Meu pai gostava de ler essas revistas, e os dois um dia, tiveram um arranca rabo. Nando disse para ele, que era um intelectual e não um leitor de revista em quadrinhos, quando Nando morreu em 2009, papai disse- O intelectual foi se embora e levou o orgulho dele, em 2011 o papai se despediu e foi-se o leitor de revista em quadrinho...Moral da história saber e saberes são importantes nem se humilha e nem se orgulha.
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