FECHOU-SE UM CÍRCULO.

Em mil novecentos e quarenta e seis,   um jovem de vinte anos uni-se a uma adolescente de dezesseis
anos e formam uma família. Ela mulher guerreira, sonhadora, inteligente e braba. Ele um cordeiro
marcado pelo machismo da época, liderado pelos pais.
Você já viu esse filme e vai continuar vendo, porque o amor não escolhe o outro pela rasão.
Zé Guedes e dona Dina, meus pais.
Tiveram onze  filhos e  criaram oito. cinco homens e três mulheres. Apesar dos problemas fomos
uma família feliz. Íamos a igreja aos domingos, participávamos de encontros familiares eles nos
ensinaram a amar.
Essa era a prova que eles sabiam amar. E porque os filhos sofreram tanto? Por causa de um doença
chamada esquizofrenia, ele era esquizofrênico, via até chifre em cabeça de burro.
Nós , as quatro mulheres,  penamos na unha dele, mas, por outro lado não teve um pai melhor.
É possível entender?
É,  a esquizofrenia estava em quase todos os homens da família e as esposas sofreram.
Eu e minha mãe, com personalidade idêntica, nos confrontávamos e as vezes  perdíamos o limite.
As mágoas, eram muitas, das duas partes e apesar de tudo talvez fôssemos as que mais nos amávamos..
Ela ia para feira, quando eu acordava que a procurava, sai correndo  pra trazer as compras e dava
muitas viagens. Ela as deixava na barraca de DÓ, DIZIA:  A DOIDA VEM PEGAR...
Eu perdoei minha mãe e ela me perdoou e foi muito bonito o nosso reencontro depois do perdão.
Tive o privilégio de vê-la pouco antes dela partir, dei muitos beijos no seu rosto, acariciei os seus
cabelos e disse; DEUS TE ABENÇOE MINHA MÃE E ELA DISSE: AMEM.
Fechou-se um círculo da maneira mais bonita,  como Deus quis e nós permitimos.

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