O CAOS


Poluíram os mares,
Jogaram lixo nos mares,
Sujaram as matas,
O peixe se foi em desatino.

As aves se despediram cantando
A sua última canção.
Os violinos calaram e a música
Acabou, pra que música?

A poluição sonora ensurdeceu
Os homens e o progresso,
Progresso! Neste chão pisoteando
A todos, homens, mulheres e crianças.

É o fim do mundo.
Como vamos respirar o oxigênio?
Como vamos beber essas águas?
Comer destes frutos?

Antevejo o fim, quem vai nos salvar!
Cadê o gênio que programou isso aí?
Em nome de um progresso e daí?
É o recesso o caos do universo!

Eu queria me abrigar nas florestas,
Tomar meu banho de rio e mar,
Como frutos puros da natureza
A brotar.

Meu Deus eu vou morrendo lentamente
Correndo das máquinas frias de latas
E corpos quentes sem almas.
É o caos das nossas vidas moçadas.


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