PALMADA NÃO MATA



Tenho uma neta com três anos de idade, peralta, inteligente, olhos brilhantes  e sempre antenada.  Responde a  todas as perguntas.
A mamãe de primeira viagem, vive na internet  procurando saber como cria-la sem traumas.
Os estudiosos de comportamento humano, que muitas vezes  nem sabe se relacionar, pedagogos que nunca estiveram numa sala de aula, vivem inventando moda..
A vovó Gerusa Guedes é do tempo da  autoridade paterna e materna, do castigo e da palmada.
A mamãe começou a trabalhar, Bianca passa o dia com a vovó,  voltou para os velhos ensinamentos.
A Bianca anda folgada como colarinho de palhaço, cheia de manhas e manias, cheia de autoridade.
As birras da Bianca não são mais negociadas, são tratadas como malcriação e são punidas com  palmadas.
-Eu quero vovó você vai me dá- Não nem tudo que você quer é possível ter.
A Bianquinha  sai jogando tudo que acha pela frente. E grita bem alto: Eu quero. Eu quero...
Os argumentos da netinha não são suficientes para   convencer a vovó. Ela arruma a bagunça e pede desculpa.
Não suportamos mais a falta de respeito das crianças, em todas as idades, a inocência  deu lugar para maldade.
A criança pobre grita pelo abandono e desrespeito dos adultos e as crianças ricas de dinheiro ou poder, gritam  usando a sua prepotência.
Por onde andam os inocentes?
Por anda a infância desses pequeninos.?
De que eles sentirão saudades?
Hoje são pequenos adultos infelizes, solitários, desequilibrados, doentes.
Acordem, pais, mães, educadores ou  acordaremos sufocados pelos pequeninos cruéis.


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