MALDITA ALZHEIMER.
Foi numa sexta feira, do dia vinte e cinco de setembro de dois mil e nove, as oito horas da manhã.
Estávamos internados no hospital HGJP quando os médicos pediram que eu me retirasse para não assistir ao procedimento. O coração do Nando estava parando de bater, imediatamente nos transferiram para outro hospital Hospital Memorial São Francisco. Ele não chegou a ocupar nenhum leito, na sala de primeiro atendimento, Nando se despediu do mundo, para nunca mais voltar.
Em seu lugar ficaram a sua biblioteca com quatro mil livros, a cadeira do papai, a cama onde dormia e a saudade.
Foi sepultado no cemitério de Cabedelo, o que causou espanto para alguns pelo fato de não colocá-lo num cemitério a sua altura.
As pessoas falam sem base e as vezes machucam.
O Nando antes de morrer pediu para que o enterrasse em Cabedelo, cidade que ele escolheu para viver e morrer, pois era Amazonense do bairro de Educandos.
Sei que ele não está mais no túmulo. Todos os dias passamos em frente ao cemitério, eu olho na direção do tumulo e sinto que foi lá que eu o deixei.
Nando foi um companheiro, um amigo , um irmão e vivemos vinte e cinco anos felizes.
Maldita Alzheimer, que o levou desse mundo, muito antes de morrer.
Hoje no dia em que completa cinco anos em que ele partiu, somente a saudade é testemunha do quanto Nando marcou a minha vida.
Comentários
Postar um comentário