QAUNTO MAIS FUJO DE MIM , MAIS ME ENCONTRO!
QUANTO MAIS EU FUJO DE MIM, MAIS ME ENCONTRO.
SENTEI NUM CANTINHO E PENSEI ASSIM- VOU ME
ESCONDER DE MIM, NUM LUGAR QUE NUNCA EU
ME ENCONTRE. ENTREI NUMA MATA ME FINGI
DE BICHO, FIQUEI DESENCONTRADA . PENSANDO!
QUE BOM EU NÃO VOU ME ENCONTRAR,. NADA!
FUI ME ESCONDER NUM RIO, NUM IGARAPÉ ONDE
SE ESCONDEM OS INDIOS, EU SOU BRANCA, TENHO
OLHOS VERDES, ESCONDIDA, NÃO ME SINTO.
ME ACHEI NUM SEGUNDO, LOGO QUE ME PICOU
ALGUNS MOSQUITOS, CARAPANÃ, MURIÇOCA, SEI LÁ,
SÓ SEI QUE NÃO ME SENTI DE MIM. ESCONDIDA!
VOLTEI PRA CIDADE DE PEDRA, NUMA DESSAS QUE
TEM ARRANHA-´CEUS, ENTRE PEDRAS, CORES, E
BARULHOS, NÃO TIVE COMO ME ESCONDER. BATEU
O CALOR E DEPOIS BATEU O FRIO O CORPO FICOU MOLE
COM ARREPIO, O SUOR DERRAMANDO, OS OLHOS LAGRIMANDO.
NÃO TEM JEITO DE TU TE ESCONDER DE TU, TOU TE INFORMANDO.
MAS, EU SOU TEIMOSA E NÃO DESISTO, ME ESCONDO NA PROSA
NOS POEMAS, NOS SONETOS... NAS TRAGÉDIAS, COMÉDIAS, DRAMAS,
QUEM SABE EU POSSO ME ENCONTRAR , MAS, NIGUÉM ME
ENCONTRE OU EU NÃO ME ECONTRE E OS OUTROS PODEM ME
ENCONTRAR . SEM LÓGICA, NO PARADOXO DA FILOSOFIA DA VIDA,
EU ME ENCONTRANDO E SENDO ESCONDIDA, GEGEPOETISA.
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