SEDE DE JUSTIÇA

A alma ressecada de tanta indignação,
Sofre da sede de justiça, meu irmão.
É a mãe que privilegia um filho e
E abandona os outros,  deixando-os
Na inanição.

O patrão que explora os serviços  e
Paga um salário de fome, ainda
Humilha  seus trabalhadores sem
Nenhuma preocupação.

É o juiz que julga pelo que ele ver,
Burlando a lei, julgando em benefício
Próprio,  desrespeitando a constituição.
Ainda se acha justo, por ter o poder na mão.

Tenho sede de justiça, tem sido essa a minha
Maior preocupação.
Procuro dar a Cesar o que pertence a Cesar e
A Deus o que pertence a Deus.
Mas não tem sido fácil meu irmão.

Sofro, como todos que tem na alma a vontade
De ver todo mundo, sendo tratado com respeito
Com seus direitos e com compreensão.
Fome, sede, dor, todos temos, porquê não dividimos
Nosso pão, nossa água,  nosso chão. Por que; Não!











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