INDIFERENÇA

Descobri que responder tolices
Não dá, é melhor ignorar.
A boca fala do que enche o coração
E nem sempre passa pela rasão.

Falamos da mágoa e da dor e
Muito pouco do amor.
Se nos magoam respondemos
Com palavras soltas  que vem
Simplesmente da  nossa boca.


Palavras abençoam e maldiçoam
E quando delas nos apropriamos
Para reclamar, reclamar,  como
Um burburinho soa.

Indiferença! Ou coisa a toa!
Não vejo, não escuto e nem ouço.
E quando a pessoa encontro, faço
O meu dever  social numa boa!

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