VIRANDO AS PÁGINAS!


Sentada na praça, olhar perdido,
Estou eu folheando  uma das
Páginas do meu livro vivo.
Doces e amargas lembranças
Do passado; ANTIGO!

Sentada na praia nos anos idos,
Sozinha, como sempre, nenhum
Amigo, eu batia mesmo em quem
Mexesse comigo!

A vida me bateu primeiro, me esmurrou,
Digo mesmo, não guardo segredo!
Apanhar da vida não é brinquedo!
Apanhei, batí, batí e apanhei
Que loucura é lembrar!  EU SEI!

Minha mãe dona Dina, braba
Que nem uma capota choca,
Fala, fala, reclama.Tem dó
De mim, acabei da sair da cama.
Deixe-me esticar as canelas
Pelo menos, abrir os olhos,espichar os braços...

Momento feliz esse...Foi o quê?
Agora me veio um ar de riso, lembrei de
Que mesmo?
Talvez do  meu mundo encantando,
Que não foi esquecido!

Da janela do trem, eu sigo:
Quanto tempo eu não faço isso!
Passam casas, árvores, meninos
Correndo, bichos esquisitos...
Cansei de folear esse bendito livro!



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