NORDESTINA AZARADA!
Amanheço constipada das ideias.
Abro bem os zôi, escancaro os zuvidos e estico as zureias pra não incomodar as oiças.
Sinto uma dorzinha no pau da venta, estou constipada, faço uns pigarros pra respirar direito.
Passo a língua no beiço pra tirar a secura, fico desleixada no canto, pra melhorar.
Aparece uma dor no suvaco e tem uma landra, já sei é da constipação quem sabe eu precise fazer uma geografia do coipo, pra saber onde tá o má.
Vou caçar um doutor pra fazer esse selviço, tem que ser um doutor do coipo inteiro pra saber onde essa marvada tá escondida.
O doutor receita dois oprimidos dentro de um frasco e manda eu tomar de uma vez. Eita bexiga!
Garro um caneco e bebo ligeirinho pra ficar boa.
Deu um nó no istambo descendo pro imbigo e corro pra privada, é uma ligeirinha daquela que não espera, se brincar fica toda fedida. A boca do istambo começa a frever, tou cheinha de gaz, rotar num posso, bufar tá difici, eita desgraça, tou azarada.
Do quengo inté a cabeça do dedão do pé num presta, essa mulesta dessa dor vem descendo pela munheca vai inté o juei, a canela , a batata da perna, tou istragada, cachorro da mulesta, bixiga lixa, que azar dos diabos...
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